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Intervalos Compostos

Para fecharmos o assunto intervalo e suas classificações, veremos agora os Intervalos Compostos.

Recapitulando

– primeiro nós vimos a classificação dos intervalos de quinta: todas as quintas naturais são justas, exceto si – fá (quinta diminuta);
– depois, passamos pelos intervalos de terça: dó – mi, fá – lá e sol – si são terças maiores, as demais terças formadas entre notas naturais são menores;
– e, por último, os intervalos de sétima: dó – si e fá – mi são sétimas maiores, as demais sétimas formadas entre notas naturais são menores; *um semitom abaixo da oitava é uma sétima maior, um tom abaixo da oitava é uma sétima menor e um tom e meio abaixo da oitava é uma sétima diminuta.

Intervalos Compostos

Os intervalos compostos são aqueles que ultrapassam uma oitava.
Lembrando que a oitava é a repetição do som fundamental em um registro mais agudo.
Assim, os próximos intervalos, depois da oitava, seriam: a nona (repetição da segunda), a décima (repetição da terça), a décima primeira (repetição da quarta), a décima
segunda (repetição da quinta), a décima terceira (repetição da sexta) e a décima quarta (repetição da sétima).

Os intervalos que já estudamos, quintas, terças e sétimas, não usam essa classificação composta, continuam sendo quintas, terças e sétimas, mesmo quando ultrapassam a
oitava.

Os intervalos de segunda, quarta e sexta – nona, décima primeira e décima terceira, respectivamente, quando ultrapassam a oitava – ainda não tinham sido mencionados.
Os intervalos compostos de nona, décima primeira e décima terceira, recebem a mesma classificação que os intervalos simples de segunda, quarta e sexta.
Vamos a eles.

Segunda (ou Nona)

– a segunda menor é um intervalo de 1 semitom;
– a segunda maior é um intervalo de 1 tom ou 2 semitons;
– a segunda aumentada é um intervalo de 1,5 tom ou 3 semitons;

Entre as notas naturais:

– os intervalos mi – fá e si – dó são segundas menores, todos os outros (dó – ré, ré – mi, fá – sol, sol – lá e lá – si) são segundas maiores.
* não existe segunda aumentada entre notas naturais, sempre haverá algum acidente.

Quarta (ou Décima Primeira)

– a quarta justa é um intervalo de 2,5 tons ou 5 semitons;
– a quarta é uma inversão da quinta, logo, todas as quartas são justas, exceto fá – si;
– a quarta aumentada é um intervalo de 3 tons.

Sexta (ou Décima Terceira)

– a sexta menor é um intervalo de 4 tons ou 8 semitons;
– a sexta maior é um intervalo de 4,5 tons ou 9 semitons;
– a sexta aumentada é um intervalo de 5 tons ou 10 semitons;

A segunda está entre a fundamental e a terça, a quarta está entre a terça e a quinta e a sexta está entre a quinta e a sétima.
Você pode se apoiar nos outros intervalos já estudados (quintas, terças e sétimas) para classificar os novos.

Por fim, uma tabela com todos os intervalos e sua classificações:

intervalos tabela

Bons estudos!

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Leandro Fonseca – Compositor, Professor, Músico, Produtor e Diretor da Mousikê  fb.com/leandrofonsecatgk

Sétimas e Tétrades

Sétimas e Tétrades

Depois de passar por quintas, terças e tríades, vamos às sétimas e tétrades.

Sétimas

O intervalo de sétima pode ser classificado de 3 formas:
– a sétima diminuta (º7) é um intervalo de 4,5 tons ou 9 semitons;
– a sétima menor (7) é um intervalo de 5 tons ou 10 semitons;
– e a sétima maior (7M) é um intervalo de 5,5 tons ou 11 semitons.

Entre as notas naturais:

– os intervalos dó – si e fá – mi são sétimas maiores, todos os outros (ré – dó, mi – ré, sol – fá, lá – sol e si – lá) são sétimas menores.
* não existe sétima diminuta entre notas naturais, sempre haverá algum acidente.

Com acidentes:

Se dó – si é uma sétima maior, o que seria do – sib?
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Uma sétima menor.

E qual seria a sétima diminuta de lá?
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Se lá – sol é uma sétima menor, lá – solb seria uma sétima diminuta.

Podemos pensar nas sétimas à partir da oitava:
– semitom abaixo da oitava está a sétima maior;
– 1 tom abaixo da oitava está a sétima menor;
– 1,5 tom abaixo da oitava está a sétima diminuta.

Tétrades

– ao acrescentar um intervalo de sétima à uma tríade, formamos uma tétrade, ou seja, um acorde formado por 4 notas: a fundamental (que dá nome à tétrade), uma terça, uma quinta e uma sétima.
* qualquer combinação de 4 notas pode ser considerada uma tétrade, porém, na prática musical, as formações derivadas de empilhamentos de terça (tríades + sétimas) são mais comuns e usuais.

Vejamos os sete tipos de tétrades que aparecem nos quatro campos harmônicos gerados pelas quatro grandes escalas e como são cifrados (exemplos em C):

Tríade aumentada + 7M = C7M(#5)
Tríade maior + 7M = C7M
Tríade maior + 7 = C7
Tríade menor + 7M = Cm(7M)
Tríade menor + 7 = Cm7
Tríade diminuta + 7 = Cm7(b5) ouø
Tríade diminuta + º7 = Cº

leandro

Leandro Fonseca fb.com/leandrofonsecatgk
Compositor, Professor, Músico, Produtor e Diretor da Mousikê
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